Não há o que se escrever
Quando os sonhos se espalham pelo ar
Quando o espelho se quebra e os pedaços caem ao chão
Torna-se difícil vislumbrar o antes existia ali...
É preciso cuidado com as palavras que calam, que roubam a voz
É preciso cuidado com as pequenas farpas que cerceiam o dia a dia
Penetram a alma
E que, sem que se perceba,
Vão deixando suas marcas profundas...
É peciso cuidado com as amarras que criamos para nossas vidas
E que nos impedem de ser o que somos
Que nos tornam reféns de nossos próprios fantasmas
Vítimas de nossas criaturas invisíveis, assombrosas...
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