segunda-feira, 23 de maio de 2011

   Eu ainda não estou bem certa se AMOR é algo que sentimos pelo outro no sentido literal.
   As vezes penso que o que de fato amamos é a pessoa em que o outro é capaz de nos transformar. É a capacidade que o outro tem de nos tornar melhores, mais bonitos, mais sensíveis, atentos. É a capacidade que o outro gera em nós de nos modificarmos, de modificarmos o nosso olhar diante das coisas.
   E assim, quando algo se modifica no outro e maltrata, desilusiona, enfim, quebra o encanto que antes ali existia, teimamos em dizer que foi o outro que nos machucou, quando, na verdade, foi o AMOR, ou a ILUSÃO que criamos, foi aquilo em que nos tornamos que deixou de ser alimentado e grita dentro de nós.

domingo, 22 de maio de 2011

Há anos felizes e outros tristes
Dias infindáveis e momentâneos
E o tempo... O tempo vai sumindo
Vai rolando entre os cabelos,
Entre os dedos das mãos
Feito a água das chuvas em dias de verão

As folhas caem, voam ao vento
Desabrocham as flores na primavera
Nascem as crianças a cada dia
Crescem as esperanças a cada manhã
Os conflitos vêm e vão

A solidão às vezes chega com os últimos raios do dia
E vai-se embora com o sono que embala sonhos, fantasias
Só você não vem
Só você não volta
Só a saudade não sai de mim

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Não me diga o que você sente
A boca muitas vezes mente, omite, esquece detalhes importantes
Me fale com gestos, olhares e ternura de tudo aquilo que nem mesmo você sabe
Daquilo que ainda não pensou
Seja seu próprio sentir
Atue ativamente em minha vida
Para que eu possa, sem pestanejar, saber do que sente
Sentir que o amor está ali
Saber que posso contar com você

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sonhei ter um poeta só pra mim
E ser a dona de seus pensamentos, sentimentos, emoções
Dona de todas aquelas coisas que se traduzem em palavras doces, mágicos sons
Versos que cantam, e encantam
E eternizam um certo momento de amor e o ser ali amado

Sonhei ser a causa de inusitada inspiração
Mágico momento em que o sentir é transcrito em pedaços de papel
E ganha, então, sua própria vida, alma, luz

Sonhei ser mais que um sonho eloqüente
Ser mais que uma busca insana
Ser maior que esse amor que pulsa sem saber por quem

Sonhei ser sua, ainda que saiba que não sei mesmo ser de ninguém

terça-feira, 10 de maio de 2011

   A beleza de determinados amores de nossas vidas (aqueles que nos deixaram saudade, e, muitas vezes, uma louca vontade de revivê-los) reside na sabedoria de deixá-los exatamente lá, onde ficaram, como restaram enfim.
   Sim, porque é lá, naquele momento, naquele lugar, que toda a magia que os envolvia se formou, floresceu, permaneceu e permanecerá para sempre intocada.O EU que lá existia modificou-se através do tempo, e não poderá jamais retomar qualquer curso dantes percorrido.
   Assim, amores passados, perdidos no tempo, para sempre presentes na memória, lá estão para serem admirados, não retomados.
   Mas, se por acaso reencontrados, que tenham a consciência que no hoje serão resultado de uma nova composição e, logo, terão melodia e letra completamente novas, nem melhores, nem piores, apenas diversas.

domingo, 8 de maio de 2011


Gosto de quase tudo o que falo e penso
Gosto do meu sorriso
De minha maneira de amar
E da mulher que sou entre quatro paredes
Ainda tão romântica,
Que chora e ri,  que sente a vida pulsando em suas veias
E que ainda pensa poder mudar o mundo...
Mas também  amo a outra
Decidida e, muitas vezes, agressiva
Que sai às ruas e mostra ao mundo o que quer
Que faz valer as suas vontades
E não costuma se abalar com uma derrota
Que é intocável e sempre consegue tornar real todo e qualquer desejo seu.