domingo, 25 de setembro de 2011

Há quantas anda a minha vida
Que de tão repetida parece não andar?
Por onde andam os meus sonhos
Que um dia adormeceram e se esqueceram de acordar?
Onde andará o meu amor?
Aquele que sempre foi meu, mas nunca vi por aí...
Que anda pelo mundo despido, alucinado à minha procura 
Que talvez tenha passado por mim sem sequer me notar?
Será que ele também anda sem tempo?
Ou será que ele é míope como eu e tem saído pelas ruas sem óculos?
Espera...
Espera que o tempo te acalme
Que o sonho adormeça
Que o amor se acomode num canto qualquer
Espera que as respostas um dia chegam
Que o proveito que se tirou um dia bate à porta da razão e tudo se explica, tudo passa a fazer sentido
Espera que paciência é o que lhe falta
Falta-lhe o perdão a si mesma
Falta-lhe entender que não podes ser perfeita e que muitos ainda serão os erros
Falta-lhe a compreensão de si mesma
O carinho por seus próprios atos
Falta-lhe queixar-se menos, amar-se mais para aprender a dizer NÃO sem medo de ferir ( mas preferes ferir a si mesma... )
Faltam-lhe ainda tantas coisas que, na ânsia de dar  e receber AMOR, te esquecestes do quão ainda és imperfeita
Te esquecestes de SER e ESTAR por ti, o que é imprescindível para con-viver com o OUTRO... e isso não pode acontecer...
Há o tempo de ficar
E o tempo de partir
O tempo de amar
E o tempo de ferir
Há o tempo de sorrir
E o tempo de chorar
O tempo das alegrias compartilhadas
E o tempo da solidão
Difícil é manter a calma
E ter a paciência para esperar o tempo certo de cada coisa...