domingo, 3 de julho de 2011

Valeu o que de qualquer maneira pode ser

Valeu o que não choramos
E tudo o que sorrimos mesmo sem saber

Valeu ter vivido um sonho
Dentro de um sonho inesperado

Valeu ter brincado de ser feliz
E ter sido, mesmo que de brincadeira
A extrema felicidade momentânea

Valeu o ideal que não partilhamos
E a emoção que bateu forte
Mesmo que na ilusão

Valeu o romantismo de ver os peixes no lago
O namoro na praça
E a rosa que guardei num livro de poemas

Valeu a liberdade que tive de me sentir feliz
E a estranha afinidade que sutilmente me atraiu

Valeu o beijo repentino
A dança no meio da rua
O confete e a serpentina que não jogamos

Valeu a esperança de ser algo mais do que se foi

Valeu a sincronia de gestos
A sensação fantástica que nunca mais provei
A brincadeira na chuva
E a conversa no banco do jardim

Valeu o encontro que o destino cuidou de arranjar
O mistério e a sensação suprema de leveza que ele proporcionou

Valeu a vontade
Que não se fez realidade
E a formalidade do reencontro

Valeu a despedida que não houve
E a saudade de nunca ter sabido como foi que tudo se perdeu

Valeu, enfim, ter sido um pouco você
E assim ter descoberto muito de mim...
Valeu sim...

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